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1977/2002 Vinte e cinco anos - Um quarto de século
No dia 26 de Agosto de 2002 comemora a C.C.H.Tripeira, CRL. vinte e cinco anos de vida e, tratando-se duma efeméride digna de registo, a direcção decidiu comemorar esta data condignamente, começando por editar uma brochura, aonde ficasse dentro do possível registada a vida da cooperativa, neste quarto de século da sua existência. Com a edição desta brochura evocativa dos vinte e cinco anos da C.C.H.Tripeira, CRL., pretende a direcção agradecer e prestar homenagem a todos os seus membros, dirigentes, funcionários, colaboradores, entidades e instituições que de algum modo contribuíram para que a instituição tripeira, atingisse um quarto de século.
Durante o período da sua vida, aconteceram algumas alegrias, bastantes tristezas, desanimas muitos, alguns fracassos e igualmente alguns êxitos e pudemos testemunhar a ingratidão, o oportunismo e a total ausência de solidariedade de alguns dos seus membros, que da cooperativa só fizeram questão de vir a tirar dividendos, tentando sempre aproveitar o trabalho abnegado e altruísta dos seus dirigentes.
No entanto, apesar de tudo, sentimos que valeu a pena, principalmente por aqueles, a quem vislumbramos a alegria estampada no rosto, aquando da entrega das chaves da habitação que há muito esperavam e ambicionavam. A todos os nossos sinceros agradecimentos.
Parabéns e Bem Hajam.
Rogério Magro |
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Vinte e cinco anos - Um quarto de século
Quando em finais de 88 se reuniu o grupo dos 21 onde se contavam alguns dos mais fortes oponentes à Direcção presidida por Barros Marques, longe estávamos de pensar que volvidos alguns meses teríamos às costas o "pesado" fardo de gerir os destinos da Tripeira.
Dum passivo de 3.300 mil contos, havia que sair a mais que tudo após 13 anos de gestão, sem que até então os cooperantes soubessem o custo real da sua habitação e por outro lado a ordem, justiça e disciplina fossem implantadas, foi uma obra espinhosa a que herdou a Direcção da qual fui Vice Presidente e depois Presidente por capitulação do meu querido amigo Alcino Rodrigues.
Em maio de 1989, foram apresentados na célebre Assembleia Geral dos Ferroviários as contas aos cooperantes, e foi-lhes indicado o valor pela qual deveriam doravante ser debitados, a fim de se poder fazer face ao passivo da cooperativa.
Houve casos penosos e complicados de pessoas com fracos recursos que viram a sua contribuição passar de 10 contos mensais para 50 e 60 contos. Houve outros que se mostravam completamente insolventes e aos quais era necessário dar solução.
Encetadas as negociações com o INH sendo residente Nunes de Carvalho, foi possível, através de um despacho conjunto das secretarias de estado envolvidas, obter o perdão dos juros de mora que até à data atingiram os 240 mil contos. Foi necessário depois legalizar os empreendimentos Barranha, Contumil e Canidelo e resolver os problemas de terrenos dos empreendimentos Barranha II e Monte Grande. Foi ainda necessário realizar e resolver os problemas e tantos eram dos empreendimentos de Famalicão e Vila do Conde.
Iniciamos as escrituras e a cada fogo afectava-se sempre o valor a distractar ao INH através da C.G.D.. E foi assim paulatinamente que passo a passo se conseguiu reduzir a dívida a valores perfeitamente controlados.
A 4 de Fevereiro de 1993 dá-se o incêndio da sede da cooperativa em Passos Manuel, tendo sido destruída a maior parte da contabilidade, ficheiros, sistema informático, etc. Também aí a vontade indómita dos dirigentes de então e quero aqui deixar uma palavra para todos os membros dos Órgãos Sociais e Mesa da Assembleia Geral que sempre, em bloco trabalhando arduamente conseguiram passar o testemunho à direcção à qual presidi também embora por pouco tempo dados os meus afazeres pessoais e profissionais.
Como empresário e gestor dei muito de mim à cooperativa e na justa proporção todos os meus colegas que sempre honraram o seu compromisso.
Mas, a lição que mais gosto de registar é que quando se serve uma comunidade de forma altruísta e desinteressada, mui raramente se é reconhecido. Mas os gestos são como as flores que quando se oferecem, deixam sempre o aroma nas mãos de quem as dá!...
Licínio Nunes |
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Ganhamos a aposta
Após a aparecimento de um conjunto de pessoas "voluntariosas" motivadas por um ideal e acima de tudo, pelo respeito que tudo e todos mereciam, foi possível criar, com muito sacrifício mas ainda com mais devoção e carinho, com muitos defeitos, talvez, mas com mais virtudes, - uma estrutura sólida e credível que hoje nos honra, a "Tripeira" -.
Foi preocupação desse conjunto de pessoas e das que se seguiram, criar condições para que a aquisição de uma habitação "digna" fosse possível a famílias que de outra forma jamais teriam acesso.
Os resultados falam por si.
Pese embora, aqui ou ali, "o discurso" fácil de alguns, jamais foram beliscados os princípios da cooperação. Estarão todos de consciência tranquila.
Enfim, recordemos o passado, pensemos no presente, preparando o futuro.
A. Loureiro |
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1977/2002 Vinte e cinco anos - Um quarto de século
Os 25 anos da Cooperativa de Habitação Económica Tripeira, que agora se assinalam, constituem para a Fenache um motivo de imensa satisfação e de inegável orgulho. Sobretudo devido ao lugar que esta cooperativa soube conquistar no seio do sector, ao longo de uma existência preenchida pelo esforço dos seus dirigentes e associados e pela qualidade evidente das obras realizadas.
Se hoje a Tripeira é uma referência no universo das cooperativas de habitação em Portugal, tal papel começou a ser construído há muito tempo atrás, quando os seus fundadores foram testemunhas activas do processo de instituição e consolidação do movimento cooperativo habitacional, iniciado na sequência do 25 de Abril de 1974.
Juntamente com diversos cooperativistas de Norte a Sul, os seus dirigentes fizeram questão em enfrentar as inúmeras dificuldades que na altura se nos deparavam a todos. Num País cujas carências habitacionais eram dramáticas, e dispondo de meios claramente escassos, a Tripeira foi uma das cooperativas que não renunciaram à ambiciosa tarefa de responder às necessidades de tantas famílias sem uma habitação condigna.
Desde o princípio, também, a Tripeira nunca permitiu que a urgência da acção prejudicasse uma perspectiva de médio e longo prazo na organização do sector. Por isso integrou, logo na primeira hora, as estruturas Nacionais e locais do MCH, onde a relevância da sua colaboração foi sempre notória.
Ao longo de um quarto de Século de actividade ininterrupta, a Tripeira influenciou, de forma positiva e determinante, os progressos habitacionais da sua zona geográfica de intervenção. £m simultâneo, contribuiu decisivamente para a evolução da Fenache e do MCH em geral, através da sua participação directa e do inequívoco empenho manifestado.
Como sabemos, os obstáculos que tivemos de ultrapassar em conjunto há 25 anos não foram os últimos. O caminho que nos trouxe até aqui esteve, igualmente, repleto de contrariedades e limitações. Porém, a constante vontade da Tripeira em vencer os contratempos e transformar os problemas em oportunidades merece o nosso sincero "obrigado", e dá-nos, mais do que a esperança, a garantia de que o aniversário que este mês se cumpre é apenas a primeira etapa de um futuro pelo menos tão exemplar quanto o passado.
Parabéns.
Guilherme Vilaverde (Presidente da Fenache) |
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Parabéns Tripeira
Aproxima-se uma data que é uma comemoração, e ao mesmo tempo é também um marco para a C. C. H.Tripeira. Esta cooperativa atingiu um quarto de século e está de boa saúde.
Não vou aqui fazer uma reflexão sobre tudo o que se passou ao longo destes 25 anos. Passou por coisas boas e coisas más. Como em tudo na vida, servem todas as experiências, as boas e as más, para enriquecer um património de conhecimento que amadurece. Soube ao longo da sua vida gerar as defesas necessárias para combater os anticorpos. £ hoje está preparada para ser uma cooperativa forte, dinâmica e empreendedora. Mas acima de tudo respeitada e admirada. Não devo referir ninguém em especial pois todos deram de si o máximo para o engrandecimento desta cooperativa. Nem devo salientar factos que foram menos bons ou até desagradáveis. Devo apenas referir que esta cooperativa deu habitação a muita gente e tornou essas mesmas pessoas em seres mais felizes. Muitos também a esqueceram. Mas o que importa em primeiro lugar é que a cooperativa tem cumprido com a finalidade para que foi criada.
Para construir habitações. Mas também muitos outros projectos têm avançado e de novo para o bem comum, para dar felicidade.
Quero expressar aqui os meus votos de parabéns a esta cooperativa que tanto nos tem dado, e desejar que tenha uma vida longa.
Quero também expressar os mesmos votos aos actuais Corpos Sociais que tanto têm dado de si à Cooperativa de Construção e Habitação Tripeira.
Manuel Bragança |
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